Lágrimas do Céu

    Da varanda ela observa a negridão do céu em uma noite sem estrelas seus pensamentos se voltam para dentro da alma, enquanto gotas de chuva teimam em cair. Sim ela está sozinha, não há mais ninguém.

    De pés descalços ela desce as escadas retira a fina camisa branca e a joga no chão de terra molhada, seus dedos mergulham em pequenas poças, de rosto para cima e olhos fechados ela gira suavemente, se sente voar com asas silenciosas. 

   Seus pensamentos tornam-se serenos enquanto todo seu corpo  é banhado pelas lágrimas do céu, não havia trovão, não havia raios, só havia paz, em um dilúvio de reencontros, de sinergia, de puro êxtase entre a menina e ela mesmo.